terça-feira, novembro 09, 2004

Bertolt Brecht – Uma Breve Biografia (1898-1956)

Brecht é uma época.
Uma época tumultuosa de rebeldia e de protesto. Reflectem-se, nas suas obras, os problemas fundamentais do mundo actual: a luta pela emancipação social da humanidade. Brecht tem plena consciência do que pretende fazer. Usa o materialismo dialético da maneira mais sábia para a revolução estética que se dispôs a promover na poesia e no teatro.
Em 1933, quando Adolfo Hitler, à frente do Terceiro Reich, estabeleceu o nazismo na Alemanha, inaugurando uma nova ordem que, segundo ele, deveria durar dez mil anos, Bertolt Brecht, com trinta e cinco anos de idade, abandonou o país, asilando-se em várias cidades da Europa. As suas obras foram queimadas, em Berlim, em praça pública com tantas outras dos mais famosos escritores da época.
No exílio, que durou até o fim da Segunda Guerra Mundial, publicou vários poemas que contribuem para sua glória literária tanto como suas peças teatrais. Brecht não se cansou de fustigar violentamente a figura de Hitler, mostrando os crimes do nazismo. De volta à Alemanha, depois do desmoronamento deste regime, continuou a lutar, como marxista, pela causa operária. Ao morrer, em 1956, o mundo inteiro reconhecia a grandeza de sua obra.
Brecht tem, sobre a poesia, o mesmo pensamento que tem sobre a arte dramática. Maneja-a da maneira mais sábia em defesa da liberdade do homem. Há, nos seus poemas, o mesmo sentido épico e didático de suas peças teatrais. Recusa-se a aceitar uma poesia alheia aos acontecimentos sociais. Exige que ela seja actuante sem perder, no entanto, o seu sentido artístico.

A poesia moderna deve estar ao lado da revolução.

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