terça-feira, outubro 26, 2004

Através dos meus olhos

Sinto uma leveza na alma que se expande para além das fronteiras do meu corpo
e em volta dele cria um mundo onde as coisas me aparecem,
pela primeira vez, como parte integrante de um todo lógico e fascinante...
As cores que me aparecem são mais a cor que representam
e de encontro a mim pintam-me a alma de um colorido que me caracteriza.
As pessoas, a meus olhos, vestem corpos a estrear,
lavados da podridão das vidas que viveram, corpos preenchidos de alma.
É como se o mundo descobrisse dentro de mim a cor,
me soubesse perdida dele,
porque é negro...
E iludisse em mim um disfarce do real em prol do amor,
do meu amor!
E camuflado de tintas de várias cores me acompanhasse por todas as ruas por onde passo e me esperasse em todos os lugares para onde vou...
mas que assim que me foge da vista se deforma num deslavado de cores que escorrem e se sobrepõem até se tornarem de novo negro,
e eu era negro...
Caminho, entre as cores projectadas dos teus olhos que em mim pintam quadros daquilo que seremos, para te encontrar nesta representação do mundo em prol do amor...
do nosso amor!

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