quinta-feira, outubro 21, 2004

Já não sou noite

Agora as noites são mais negras...
Antes havia nelas um vazio que se fundia com a minha alma
e me envolvia, de braços dependurados, no seu abraço negro.
Éramos escuras, vazias, livres, em silêncio iguais.
Já não sou noite
e nela me confundo.
Surge-me carregada de fantasmas intemporais,
monstros de uma solidão passada
e que agora me invade e me enrige-se a carne...
o negro entra em mim
e já não me reconhece,
percorre-me e também se afasta.
Já não sou noite,
sou-te e sem ti nada tenho.

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