terça-feira, maio 24, 2005

A noite

Os corpos adormecidos atiram para o espaço os medos...
escurecem o ar e eis que surge a noite.
Carregada para os que nela vivem acordados.
Tomamos como nosso o peso da humanidade;
Solitários, esgotados, choramos a dor dos outros.
No silêncio da noite ouvimos os gritos em uníssono dos corpos mudos que,
atirados ao abandono, ao esquecimento de vidas dificilmente suportadas, dormem.
A noite não é nossa, dos que por ela vagueiam, dos que nela procuram consolo;
A noite é dos que dormem.

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