terça-feira, março 29, 2005

Este frio gélido

Este frio gélido que me atravessa e arranca pedaços de mim
é o mesmo que te levou;
Visita-me vezes sem conta mas não te traz de volta,
leva com ele a memória de quem eu sou.

O tempo corre sem mim
e deixa-me entregue a uma morte vigilante, cruel,
que surge das lágrimas que gelam junto dos meus olhos.

Aceito este refúgio intemporal e, de corpo despido,
permaneço em pé ao lado do túmulo da minha alma à espera que este vento gélido me leve para junto de ti para te acariciar a face uma última vez.

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