terça-feira, maio 24, 2005

A noite

Os corpos adormecidos atiram para o espaço os medos...
escurecem o ar e eis que surge a noite.
Carregada para os que nela vivem acordados.
Tomamos como nosso o peso da humanidade;
Solitários, esgotados, choramos a dor dos outros.
No silêncio da noite ouvimos os gritos em uníssono dos corpos mudos que,
atirados ao abandono, ao esquecimento de vidas dificilmente suportadas, dormem.
A noite não é nossa, dos que por ela vagueiam, dos que nela procuram consolo;
A noite é dos que dormem.

Não te encontro em ti

A um palmo de mim vejo-te os olhos imensos, estácticos,
em teu corpo submersos, distantes... onde só vejo o meu corpo reflectido.
Teu corpo em desalinho com a alma produz gestos e expressões que lhe são alheios; E para mim confusos e indecifráveis... dolorosos.
Num sopro mergulho em teus olhos, percorro-te de uma ponta a outra sem te encontrar... foste-te embora e eu que só agora dei conta.
Quando volto à superfície de ti venho de mãos vazias, sem ti, sem nós.
De mim, olho-te novamente e os teus olhos agora fecham-se para mim.
Já nem o teu corpo me pertence... afastas-te apalpando o caminho que percorres.

quarta-feira, maio 18, 2005

Tenho a minha vida à perna.... uma vez mais... estou de volta.

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