
sexta-feira, dezembro 03, 2004
O que há em mim?
O fardo da existência cai sobre mim feito ontem.
O vazio dissipou-se…
Sou compelida a viver e desconfio que não sei, nunca soube!
Fui por ti afortunada;
Julgo agora nunca ter perdido nada.
Despertaste em mim o medo da tua ausência porque a mim te deste e a mim me roubaste.
Quando me procuro, confundo-me em ti.
Fujo de mim dentro de mim,
percorro vários estados e vontades que sou eu
E em todos me estranho,e em todos não me encontro;
Nenhum deles me tranquiliza.
Perco-me e volto a encontrar-me sucessivas vezes
Num processo que me esgota e assusta.
Se o medo me vencer há-de arrancar-me de nós;
Carrasco que irá enterrar-me longe, longe de ti.
E de olhos abertos, no aparente silêncio escuro,
entoarei o teu nome abafado pela terra que me cobrirá
no culminar da minha existência.
O vazio dissipou-se…
Sou compelida a viver e desconfio que não sei, nunca soube!
Fui por ti afortunada;
Julgo agora nunca ter perdido nada.
Despertaste em mim o medo da tua ausência porque a mim te deste e a mim me roubaste.
Quando me procuro, confundo-me em ti.
Fujo de mim dentro de mim,
percorro vários estados e vontades que sou eu
E em todos me estranho,e em todos não me encontro;
Nenhum deles me tranquiliza.
Perco-me e volto a encontrar-me sucessivas vezes
Num processo que me esgota e assusta.
Se o medo me vencer há-de arrancar-me de nós;
Carrasco que irá enterrar-me longe, longe de ti.
E de olhos abertos, no aparente silêncio escuro,
entoarei o teu nome abafado pela terra que me cobrirá
no culminar da minha existência.
...o que há em mim...
Na ânsia de sugar, de uma só vez, o que a vida agora me oferece
vejo-a desfocar-se perante os meus olhos mergulhados em água.
Apressada, impaciente, inquieta, impetuosa
corro, dentro e fora dela,
com medo e uma vontade escondida de a perder para sempre.
Matar-te, matar-me.
Tal desassossego, tal angústia, tal peso, tal medo…
Não me reconheço neste sentimento
O amor.
vejo-a desfocar-se perante os meus olhos mergulhados em água.
Apressada, impaciente, inquieta, impetuosa
corro, dentro e fora dela,
com medo e uma vontade escondida de a perder para sempre.
Matar-te, matar-me.
Tal desassossego, tal angústia, tal peso, tal medo…
Não me reconheço neste sentimento
O amor.